Zema permite que atividades culturais e turísticas funcionem presencialmente na onda vermelha da pandemia, ameaçando a saúde da população mineira e abandonando trabalhadores à própria sorte
Em janeiro, uma pessoa morreu por covid-19 a cada 14 minutos em Minas Gerais. Fevereiro já é o mês com o maior número de mortes no estado desde o início da pandemia. Mesmo assim, o Governo Zema atualizou os protocolos do Plano Minas Consciente permitindo que atividades turísticas e culturais presenciais fossem consideradas como essenciais em regiões que estão na onda vermelha. Essa medida foi anunciada como incentivo à retomada econômica desses setores, sem a apresentação de nenhuma política efetiva de fomento direto e proteção aos trabalhadores do setor cultural, de turismo e eventos.
É inegável a relevância do acesso às atividades culturais e turísticas para a qualidade de vida das pessoas como direitos fundamentais. Por isso, tenho atuado como parlamentar na defesa do socorro emergencial à situação crítica desses setores profundamente atingidos com a paralisação de suas atividades durante a pandemia. Sou coautora da Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural e estamos lutando na Câmara dos Deputados pela aprovação do PL 5638/20 que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos. entretanto, posturas liberais e populistas que lançam a sociedade à própria sorte, sem qualquer medida efetiva de socorro, precisam ser questionadas.
Estamos às voltas com a circulação de novas variantes da covid-19 ainda mais contagiosas, batendo recordes de mortes por dia no país e com dezenas de capitais e cidades com seus sistemas de saúde colapsados. Entre elas, muitas do interior de Minas. Por esse motivo, acionamos o Ministério Público de Minas para que sejam apurados os critérios que fundamentaram a decisão do governador no momento mais grave da crise sanitária no estado e no país. Peço providências junto das deputadas estaduais Andréia de Jesus (PSOL) e Leninha (PT), e dos deputados federais Padre João (PT) e Rogério Correia (PT).
É dever do Governo investir orçamento em políticas públicas de fomento direto que possam diminuir os impactos econômicos da pandemia para a Cultura, para o Turismo e para o Setor de Eventos. É isso que precisamos! Não podemos compactuar com a irresponsabilidade de quem defende que a imediata retomada presencial das atividades desses setores seja a única alternativa para sua recuperação econômica!