Assinei o Manifesto Pela Vida Humana da Internacional Progressista, que marca um ano que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o início da pandemia. O texto, assinado pelo filósofo e sociólogo, Noam Chomsky; os ativistas ambientais, Nnimmo Bassey e Vanessa Natake; e Eli Alcorta, ministra das Mulheres, Gênero e Diversidade da Argentina; defende a construção de um sistema de saúde global para enfrentar as desigualdades entre nações pobres e ricas e a lógica do capital que hierarquiza o acesso à saúde no mundo.
No manifesto, exigimos uma vacina popular contra a covid-19; pelo reforço do papel da OMS como governança multilateral em saúde durante a pandemia; para que o capital privado esteja submetido à saúde pública, pela valorização dos trabalhadores dos serviços essenciais e da vida humana, que não pode seguir sendo tratada como moeda de troca.
Nesses 12 meses, assistimos o mundo se movimentar conforme os interesses das nações ricas, criando um apartheid social, que dificulta que pessoas que vivem em países mais pobres tenham acesso à vacina e as tecnologias em saúde que vem sendo desenvolvidas para enfrentar a doença provocada pelo novo coronavírus.
Mesmo durante a crise sanitária mundial, as potências globais foram privilegiadas, estimulando que os países emergentes ficassem desassistidos e vulneráveis aos surgimentos de novas cepas da doença, ainda mais contagiosas e mortais, como é o nosso caso do Brasil. É inaceitável que o lucro das empresas privadas estejam acima da saúde pública.
A covid-19 é uma ameaça à saúde global e nenhum país pode acabar com a doença sozinho. Não existe um sistema de saúde global, por isso buscamos por soluções coletivas, já que o modelo imposto não tem sido suficiente para garantir que todos e todas tenham acesso adequado aos sistemas de saúde dos países.
Leia o documento: https://progressive.international/wire/2021-03-11-manifesto-for-human-life/pt-br/!